22 de out. de 2008

O poder do VINHO...

Como um dos assuntos que comecei a semana foi o VINHO...

"O poder místico do vinho Para entender o significado e a origem do brinde é necessário voltar no tempo e rever o papel místico da bebida mais entranhada na história do homem.

O nobre fermentado possui uma densa carga simbólica acumulada através de sua longa e rica história. O vinho teve papel importante na evolução das tradições, valores intelectuais, morais e espirituais do homem. A videira e o vinho estiveram presentes nos principais rituais, sagrados ou profanos, e em quase todas as celebrações, desde os primórdios da civilização. Dos deuses egípcios e greco-romanos ao Extremo Oriente; da Bíblia dos judeus e cristãos ao Islamismo; do protestantismo à Santa Inquisição; da Revolução Francesa à Lei Seca, o vinho sempre esteve em evidência quando o assunto foi religião. Mas como e por que este suco de uva fermentado se transformou em símbolo messiânico para alguns, em instrumento de Satã para outros, ou até, em alguns casos, em uma crença em si mesmo?

Para entender a raiz deste fenômeno é preciso analisar o ciclo da videira, a elaboração do vinho e como os dois eram vistos pelos antigos. A cada inverno as vinhas minguam, perdem suas folhas e, aparentemente, morrem, para renascer esplendorosamente na primavera, enquanto o vinho sobrevive à aparente morte da árvore que lhe deu origem. No Egito, este fato era reforçado pela cheia anual do Nilo, quando suas águas ficavam avermelhadas, como vinho, por causa do aluvião ferroso que corria por um de seus afluentes. Tais fatos tornaram a videira e o vinho símbolos da imortalidade e da ressurreição, representada pela renovação anual de seus frutos.

BrianLarry/Stock.XchngOutro aspecto é a fermentação. O mosto da uva passa por um processo totalmente desconhecido, só definido por Louis Pasteur no século XIX. A fermentação alcoólica é aparentemente violenta, exala calor e o líquido borbulha, como se estivesse possuído por algo do outro mundo. Para completar, o fator mais importante, tão inexplicável quanto surpreendente, era o efeito psicotrópico do fermentado. Esperavase, no êxtase provocado pelo vinho, uma aproximação com os deuses.

O vinho é também o símbolo da revelação, da verdade. A embriaguez era considerada, ao mesmo tempo, um delírio inebriante que paradoxalmente trazia lucidez. Não por acaso, o dramaturgo grego Aristófanes disse: "Rápido! Tragam-me vinho para que eu umedeça a minha mente e diga algo inteligente". A máxima enófila "in vino veritas" (no vinho a verdade), ilustra esta crença e a de que, ao beber do cálice de outra pessoa, descobrimos seus segredos, a verdade.

Outra conotação, mais mundana, foi assumida pelo vinho foi como símbolo da fertilidade. Como afrodisíaco, relaxando as barreiras morais, a ligação entre vinho e sexo acabou tornando-se uma associação entre vinho e fertilidade. A mitologia egípcia conta, por exemplo, que a deusa Ísis teria engravidado simplesmente por ter comido uma uva. Em algumas civilizações da Antigüidade, as moças, ao namorar, ofereciam ao futuro marido uma taça de vinho, considerando-se, a partir daí, firmemente comprometidas."

para ler a matéria na íntegra: http://revistaadega.uol.com.br/edicoes/12/artigo29504-2.asp

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